quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Capacidade Física


CAPACIDADES FÍSICAS
Qualidade ou Capacidade Física pode ser definida como todo atributo "treinável" de um organismo, ou seja, passível de adaptações. Toda adaptação envolve uma qualidade física.
Podemos considerar as seguintes qualidades físicas:
QUALIDADES FÍSICAS PRIMÁRIAS
As qualidades físicas primárias dependem basicamente do sistema músculo-esquelético. Possuem um componente nato ou genético.
VELOCIDADE
• Velocidade - É a qualidade física particular do músculo e das coordenadas neuromusculares que permite e execução de uma sucessão rápida de gestos que, em seu encadeamento, constituem numa só e mesma ação, de uma intensidade máxima e de duração breve ou muito breve. Pode ser de 3 tipos:
1. velocidade de reação
2. velocidade de deslocamento
3. velocidade dos membros
TIPOS DE FORÇA
• Força - É a qualidade física que permite um músculo ou grupo de músculos produzir tensão e vencer uma resistência na ação de empurrar, tracionar ou elevar. Pode ser de 3 tipos:
1. Força Dinâmica;
2. Força Estática;
3. Força Explosiva.
RESISTÊNCIA
• Resistência - É a qualidade física que permite um esforço proveniente de exercícios prolongados, durante um determinado tempo. Pode ser de 3 tipos :
1- Resistência aeróbia - é definida como sendo uma qualidade física que permite a um atleta sustentar por um período longo de tempo uma atividade física relativamente generalizada em condições aeróbicas.
2- Resistência anaeróbia - Permite ao atleta sustentar a atividade em débito de 02. A principal variável é o tempo.
3- Resistência muscular localizada - Permite ao atleta realizar num tempo maior possível a repetição de um movimento com a mesma eficiência. Permite a continuação do esforço tanto em condições aeróbicas quanto anaeróbicas. Depende da duração do esforço para determinados grupos musculares. Provoca fadiga periférica (circulatória e motriz) e também fadiga nervosa.
FLEXIBILIDADE
• Flexibilidade - É a qualidade física que condiciona a capacidade funcional das articulações a movimentarem-se dentro dos limites ideais de determinadas ações. É a amplitude de movimento. Depende da mobilidade articular e elasticidade muscular. O sexo feminino e as crianças são mais flexíveis. É uma característica corporal pessoal. Deve ser treinada em sessões freqüentes e com aquecimento prévio.
AGILIDADE
• Agilidade - É a qualidade física que permite mudar a direção do corpo no menor tempo possível. Conhecida como velocidade de "troca de direção". Para a agilidade, a flexibilidade é importante.

QUALIDADES FÍSICAS CENTRAIS
As qualidades físicas centrais são aquelas que dependem da integração do sistema músculo-esquelético com o Sistema Nervoso Central (S.N.C.).
COORDENAÇÃO MOTORA
• Coordenação motora - É a qualidade física que permite ao homem assumir a consciência e a execução, levando-o a integração progressiva de aquisições, favorecendo-o a uma ação ótima dos diversos grupos musculares na seqüência de movimentos com um máximo de eficiência e economia.
RITMO
• Rítmo - É a qualidade física explicada por um encadeamento de tempo, dinâmico-energético, uma mudança de tensão e repouso, enfim, uma variação regular de repetições periódicas. A sensibilidade ao ritmo é importante para novas performances. Lembrar que cada pessoa possui um ritmo diário próprio que deve ser levado em consideração na preparação do treinamento.
DESCONTRAÇÃO
• Descontração - É a qualidade física compreendida como um fenômeno neuromuscular resultante de uma redução de tensão na musculatura esquelética. Pode ser de dois tipos:
• Descontração total - treinadas em processos psicológicos.
• Descontração diferencial - os grupos musculares não exigidos durante uma atividade devem relaxar (economia energética).
EQUILIBRIO
• Equilíbrio - É a qualidade física conseguida por uma combinação de ações musculares com o propósito de assumir e sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei da gravidade. Pode ser de 3 tipos:
• Equilíbrio dinâmico
• Equilíbrio estático
• Equilíbrio recuperado

Exercício físico, só ganha quem faz: Sistema cardiorespiratório
Os exercícios físicos fazem um bem enorme para seu coração, pois para mandar mais sangue para a circulação ele tem que bater mais rápido e mais forte; com o tempo, o coração se torna maior e forte. Normalmente, o volume de sangue bombeado a cada batida é de 700 ml a 800 ml no homem e de 500 ml a 600 ml na mulher. Os exercícios aeróbicos costumam levar estes valores para 1000 ml a 1300 ml nos homens e de 1000 ml e 1100 ml nas mulheres.
Com o tempo o seu coração passa a ser condicionado ao esforço, ficando mais econômico e eficiente, com isso em repouso, o coração não vai precisar fazer tanto esforço e, assim, a freqüência cardíaca (o número de batimentos) diminui, isto é, com um número menor de batimentos ele consegue bombear muito sangue para todo o seu organismo.
As artérias coronárias também se beneficiam. São elas que alimentam de sangue o próprio músculo do coração (miocárdio). E como ele é o órgão da vida, fica bem nutrido e baterá com mais eficiência. Outra coisa: vida sedentária quase sempre é acompanhada de uma alimentação desequilibrada, com excessos de doces e frituras que costumam provocar acúmulo de gordura nos vasos sangüíneos. Resultado: aterosclerose e infarto.
Os exercícios físicos promovem a limpeza de veias e artérias, pois eles aumentam a taxa do HDL (o famoso colesterol bom) que funciona como um verdadeiro faxineiro de artérias. E mais: para atender à demanda de sangue para musculatura e órgãos, o organismo acaba criando vasos colaterais, isto é, os órgãos passam a ter mais sistemas de fornecimento de sangue. Conclusão: o coração passa a ficar mais irrigado, com isso mais protegido de um infarto. Um verdadeiro ciclo de benefícios!
Os pulmões também saem ganhando. Com o corpo em atividade, os alvéolos pulmonares aumentam de volume, conseguem captar muito mais oxigênio e todo o organismo fica mais oxigenado. Já em repouso respiram de forma mais econômica.
Com os exercícios físicos regulares você se beneficia de uma forma inteligente, pois além de estar se cuidando, você está investindo num dos seus maiores patrimônio: o seu corpo.

Exercício físico, só ganha quem faz: Sistema muscular
A musculatura representa 40% do peso do corpo e desempenha papel essencial não só da manutenção da postura e na sustentação do tronco e dos membros, mas também na respiração, deglutição, digestão, expressão facial e verbal, na circulação e fixação das vísceras.
Músculos precisam ser trabalhados e ficam mais ágeis e fortes à medida que são exigidos. Sem os exercícios regulares, acabam por se atrofiar, e a pessoa perde em flexibilidade, força e mobilidade.
Atingimos o nosso auge da força física de nosso organismo na faixa dos 20 aos 25 anos e depois desta idade perdemos gradativamente massa muscular. Quem mantém uma rotina de trabalho muscular consegue um benefício enorme, o que vale dizer que você sempre estará em média, uns 20 anos mais capaz fisicamente do que uma pessoa que não se cuida neste aspecto. Em outras palavras: quando você estiver com 60 anos, terá uma capacidade muscular equivalente a seus 40 anos.
Além de tudo isso, a musculatura fortalecida traz um fator muito importante que é a manutenção de um peso adequado, pois quem faz musculação tem o benefício de manter o corpo com o metabolismo acelerado por até 24 horas depois de uma seção de exercícios e isto acontece porque o corpo vai se adaptando ao exercício, a musculatura vai crescendo e para manter esta musculatura funcionando o corpo necessita de energia e vai buscar nos depósitos corporais, isto é, você gasta energia mesmo sem exercícios neste período.
Em termos de estética, um exemplo de que o trabalho muscular é fundamental para quem busca este objetivo, está no fato de que são os músculos que dão o formato ao corpo e, portanto, quando os músculos são trabalhados, o corpo recebe um formato harmonioso e definido.
Sendo assim, cabe a você escolher que tipo de corpo quer ter: forte, ágil e com mobilidade ou fraco, cansado e disforme. Olhe para uma pessoa com estas características e veja que ela sempre está bem e feliz com a sua condição.
E por último, lembre-se que toda seção de musculação deve ser planejada para respeitar sua individualidade e limites, pois o primeiro sinal de que ela não foi bem planejada é a sensação de dor que você sente após a seção. Sentir dor após o exercício é sinal de que foi ultrapassado o limite e a maneira mais inteligente de se exercitar é pedir orientação a um profissional de Educação Física.

Nossa composição corporal
Composição corporal” é um conceito que diz respeito às proporções de músculo, gordura, osso e outras partes vitais do corpo. Do ponto de vista funcional e de performance, a massa corporal, ou peso medido na balança, pode não ser uma medida tão útil porque oculta a contribuição relativa dos diferentes tecidos no valor resultante. Imagine a figura dos dois homens de altura e peso semelhante, porém diferentes composições corporais. Dois homens de aproximadamente 1,80m e 105kg. Ambos seriam considerados acima do peso de acordo com as tabelas convencionais de distribuição epidemiológica de índice de massa corporal (IMC). Porém, um deles está visivelmente acima do peso e o outro é um homem de porte atlético, condicionado. A diferença entre eles é a composição corporal.
Índice de massa corporal
O índice de massa corporal (IMC) é uma medida internacional usada para calcular obesidade.
Ele foi desenvolvido pelo polímata Lambert Quételet no fim do século XIX. Trata-se de um método fácil e rápido para a avaliação do nível de gordura de cada pessoa, ou seja, é um preditor internacional de obesidade adotado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Método de cálculo
A fórmula para descobrir o IMC de alguém é o seguinte:
peso em quilos _
(altura em metros) x (altura em metros)

Após isso, o resultado é comparado com uma tabela que indica o grau de obesidade do indivíduo.
Resultado final Categoria
<18,5 Abaixo do peso
18,5 - 24,9 Peso normal
25,0 - 29,9 Sobrepeso
30,0 - 34,9 Obesidade grau I
35,0 - 39,9 Obesidade grau II
>40,0 Obesidade grau III
Problemas com o IMC
O IMC apresenta alguns problemas:
• O IMC precisa de gráficos específicos para ser aplicado a crianças
• O IMC não discrimina os componentes gordo e magro da massa corporal total
• Pessoas brevelineas e musculosas podem ter um IMC inadequado a sua realidade e serem consideradas obesas
• Diferenças étnicas também influenciam no IMC, por exemplo pessoas de origem asiática podem ser consideradas mais obesas
• O IMC não é aplicável para idosos, possuem classificação diferenciada.

a. Tipos de tecidos e suas funções
Quando discutimos “composição corporal”, estamos preocupados basicamente com as proporções de tecido gorduroso e músculo, as quais são determinadas por diversos fatores, entre os quais o balanço energético, o estímulo muscular (hipertrófico) e as respostas hormonais do indivíduos. A resposta hormonal é uma reação a estes estímulos, mas também são determinadas por aspectos genéticos, patológicos e de maneira gerais circunstanciais do indivíduo.
Do ponto de vista molecular, somos muito mais água do que qualquer coisa. A proporção de água, no entanto, varia segundo o tipo de TECIDO. A análise da composição corporal em geral divide os componentes em dois principais: “massa magra” e “massa gorda”. A massa magra consiste principalmente de músculo
A massa magra é constituida de 72% de água, 21% de proteína e 7% de minerais dos ossos. Já a massa gorda é constituída de 20% de água e 80% de tecido adiposo.
Do ponto de vista dos tecidos, a composição corporal varia muito entre homens e mulheres, bem como entre adultos e crianças.
Uma pergunta atormenta todos aqueles que buscam modificar sua forma física, aparência e – espero conseguir demonstrar -, sua composição corporal. Existe uma composição corporal ideal ou normal? NÃO. A segunda pergunta é: massa gorda é “do mal”? A resposta é igualmente NÃO.
TECIDO ADIPOSO
O tecido adiposo, principal fantasma daqueles que buscam modificar sua forma física, exerce uma série de funções importantes no organismo. A primeira delas é estoque de energia, uma vez que os lipídeos liberam, na quebra de suas ligações moleculares, mais do que o dobro da energia liberada na degradação de aminoácidos ou carboidratos. De fato, a quantidade de energia que nós, no século XXI, protegidos dos riscos de períodos de fome prolongada por glaciação, secas ou falta de caça precisamos estocar não é tão grande que justifique porcentagens de gordura corporal muito altas.
No entanto, o tecido adiposo desempenha muitas outras funções. Porcentagens muito baixas de gordura corporal estão associadas à quedas na produção de hormônios sexuais, tanto no homem quanto na mulher. Assim, muito pouca gordura atrapalha o ganho de músculo, uma vez que compromete a produção de testosterona, o principal hormônio anabólico. Na mulher, porcentagens muito reduzidas de hormônios sexuais femininos estão associadas a distúrbios reprodutivos, amenorréia e osteopenia.
Além disso, hoje sabemos que o tecido adiposo é um tecido endocrinologicamente ativo, ou seja, produz e secreta hormônios. Esta é uma área de fronteira na pesquisa médica e há muita controvérsia envolvida no papel destes hormônios, mas sabe-se que estão envolvidos em diversas funções fisiológicas importantes tanto no indivíduo saudável como nas condições patológicas como obesidade e diabetes. Além disso, hoje sabemos que a composição macro-nutricional das dietas (o quanto você come do quê) influenciam e modulam essa produção hormonal do tecido adiposo.
O que é atividade física
Atividade física é toda a situação em que a pessoa pelo menos dobre seu metabolismo, ou seja, dobre seu gasto de energia. Por exemplo: se está sentada, em repouso, e simplesmente se levanta e começa a caminhar, está fazendo atividade física porque aumenta o consumo de energia.
Qualquer atividade física em que haja gasto de energia e aumento do metabolismo, seja ela ocupacional (subir escadas, carregar um pacote, fazer compras, lavar o carro, varrer a casa), seja formal (pedalar, nadar, dançar, caminhar, correr), é levada em conta para o cômputo do gasto calórico diário do indivíduo.
Tempo dos exercício
Nos últimos anos, foi mudado o conceito de que a atividade física precisa ser praticada pelo menos durante 30 minutos seguidos. Hoje, o conceito é de que eles podem ser fracionados em períodos menores durante o dia. Um dos paradigmas da última década foi desmistificar a necessidade de a atividade física ser feita continuadamente por tempo determinado, por exemplo, trinte minutos diários. A ciência provou que, se o total da soma das frações de tempo em atividade ao longo do dia corresponder, no mínimo, a trinta minutos, os benefícios que a vida ativa proporciona estarão garantidos. Na verdade, esse novo conceito tem como alvo resgatar a importância do estilo de vida mais ativo, aquele em que o organismo está mobilizado para o exercício, mesmo que distribuído de forma fracionada durante o dia.
Vamos imaginar duas situações diferentes. Primeira: a pessoa sai de casa, pega o carro na garagem, desce no estacionamento do escritório e passa a manhã escrevendo. Na hora do almoço, come ali mesmo ou vai a um restaurante nas proximidades. No final do expediente, volta para casa, janta, vê televisão e vai dormir. Segunda: a mulher passa o dia cuidando da casa e das crianças. Somando os minutos de atividade física fracionados durante o dia, essas pessoas completam os trinta minutos desejados?
A mulher que fica em casa realizando as tarefas domésticas e cuidando das crianças, certamente, vai completar os trinta minutos diários de atividade física. Já o indivíduo que trabalha num escritório, duvido que consiga.
A vida moderna cercou de conforto as atividades voltadas para a produtividade. Basta apertar um botão para chamar a secretária ou falar com o colega da sala ao lado. O celular, a internet, o computador permitem resolver problemas e fechar negócios sem levantar da cadeira e favorecem o estilo de vida sedentário.
Indivíduos nessa situação devem fazer um balanço do tempo que passam sem movimentar-se e tentar reagir à sedução dos confortos próprios da vida moderna para ver se conseguem manter-se em atividade, pelo menos durante trinta minutos por dia. Talvez seja o caso de reservarem para si um horário na própria agenda a fim de que possam dedicar-se a algo tão importante para a saúde.

Exercícios aeróbios e anaeróbios.
Qual a diferença entre exercícios aeróbios e anaeróbios?
O exercício aeróbio é fundamentalmente ligado ao movimento. A energia necessária para executá-lo é proporcionada pelo uso do oxigênio, ou seja, o oxigênio funciona como fonte de queima dos substratos que produzirão a energia a ser transportada para o músculo em atividade. Caracteriza-se como atividade aeróbia o exercício contínuo, dinâmico e, na maioria das vezes, prolongado que estimula a função dos sistemas cardiorrespiratório e vascular e o metabolismo, porque aumenta a capacidade cardíaca e pulmonar para suprir de energia o músculo a partir do consumo do oxigênio (daí o nome aeróbio). Caminhar, andar, pedalar, nadar, dançar ou fazer qualquer atividade que obrigue a pessoa a sustentar seu peso corporal enquanto se movimenta são exercícios aeróbicos.
O exercício anaeróbio é, por definição, um exercício de força. Para ser realizado, exige que os músculos sejam contraídos contra uma resistência. Na maior parte das vezes, não está associado ao movimento e utiliza uma forma de energia que independe do uso do oxigênio, daí o termo anaeróbio. Basicamente, é um exercício de alta intensidade e curta duração que contempla fundamentalmente os músculos.
Alguns exemplos de exercícios anaeróbios.
Na área dos esportes, são anaeróbios os exercícios de velocidade de curta duração e alta intensidade, como a corrida de cem metros rasos, os saltos, o arremesso de peso. Se nos reportarmos a área ocupacional, toda atividade que demanda força física em vez de movimento é considerada um exercício anaeróbio.
Na verdade, os movimentos mais comuns do dia-a-dia são um misto de atividades físicas aeróbicas e anaeróbicas.
Houve o tempo em que só se falava nos benefícios do exercício aeróbio. Hoje se sabe que ambos, o aeróbio e o anaeróbio, contribuem para melhorar a forma física.
Durante bastante tempo, se preconizou que a única forma de atividade física recomendada era a aeróbia. As pessoas deviam caminhar, correr, pedalar, nadar. Há mais de dez anos, porém, a medicina resgatou a importância do exercício anaeróbio que, na prática das academias, são feitos com peso.
Na verdade, um programa completo de exercícios, necessariamente, envolve os dois tipos de atividade física. A pessoa deve caminhar, pedalar, nadar e fazer exercícios contra resistência para fortalecer músculos, desacelerar a perda de massa muscular e evitar a perda de massa óssea. Mesmo os idosos, para quem se via com preocupação a prática de exercícios de força, devem ser estimulados a fazer exercícios com pesos além dos exercícios aeróbios para alcançarem melhor resultado em termos de saúde e qualidade de vida.
O corpo humano é máquina engendrada para o movimento, haja vista o número de articulações, verdadeiras dobradiças, que têm e a disposição dos músculos. Ao contrário das outras máquinas que se desgastam à medida que se movimentam, quanto mais solicitado for, melhor o corpo humano conseguirá exercer suas funções de forma harmoniosa. Por quê?
Durante todo o processo de evolução, o corpo humano teve como necessidade fundamental a interação ativa com o meio ambiente e praticamente todos os sistemas orgânicos mobilizados na produção de energia são beneficiados pelo uso, pela solicitação e pela necessidade de estar em atividade.
É muito fácil demonstrar os benefícios que o uso das funções fisiológicas associadas à atividade física proporciona. Basta lembrar que, quando engessamos uma perna ou um braço, o membro entra em desuso e, como conseqüência, o músculo hipotrofia, regride. Retirado o gesso, o braço ou a perna estarão fininhos porque perderam de 30% a 40% de massa muscular.
Guardadas as devidas proporções, isso ocorre em todo o organismo. A falta da atividade física faz com que o coração regrida funcionalmente e a condição respiratória fique comprometida.
Está provado que a atividade aeróbia pode ajudar a prevenir doenças cardíacas, distúrbios produzidos pelo estresse, além de contribuir no processo de emagrecimento.

O treinamento aeróbio é essencial em qualquer programa de boa forma.
Aeróbio quer dizer "com oxigênio". Seu corpo precisa de oxigênio para funcionar e ajudar a queimar energia. Ao respirar, você está desenvolvendo uma atividade aeróbia, pois leva oxigênio para o corpo.
Quando você faz um treinamento aeróbio, nadando, correndo ou pedalando numa bicicleta ergométrica, por exemplo, você aumenta a freqüência cardíaca e o consumo de oxigênio pelo corpo, o que não beneficia apenas o coração e os pulmões e melhora a circulação, mas também aumenta a velocidade com que você queima energia, ajudando no processo de emagrecimento.
Quando está em atividade, seu corpo queima gordura e açúcar. Mas se você não estiver em boa forma, vai queimar mais açúcar do que gordura, por causa da baixa capacidade aeróbia, assimilando e utilizando mal o oxigênio. A medida que a sua capacidade aeróbia aumenta, mais gordura será utilizada e queimada. Mesmo que você não esteja no melhor de sua forma, o seu organismo vai queimar gordura, principalmente após 20 minutos de exercícios.
Há uma faixa de treinamento onde a gordura é queimada com mais eficiência, que corresponde à freqüência cardíaca em batimentos por minuto durante o exercício. Essa faixa fica entre 70% e 90% da freqüência cardíaca máxima - F.C. máxima - (220 - idade).
Se você treinar acima desta faixa, irá trabalhar anaerobiamente, ou seja, "sem oxigênio" e não conseguirá manter o ritmo por muito tempo. Assim, é necessário que você monitore a sua F.C. enquanto se exercita.
A maneira mais prática é, sem dúvida, usar um freqüencímetro. Mas, se você não tiver um, basta colocar os dedos indicador e médio na artéria carótida (pescoço) ou na artéria radial (pulso) e contar até 15 segundos. Multiplique por 4 para verificar o número de batimentos por minuto.
Veja qual é a sua F.C. máxima
Mas atenção!
Para se exercitar de maneira segura e eficiente, é preciso respeitar o seu nível de condicionamento. É aconselhável fazer uma avaliação física, antes de iniciar qualquer programa de atividades, para trabalhar corretamente.
Também é importante avaliar o volume de treinamento que corresponde ao tempo de execução de cada sessão e a freqüência que ocorre dentro das semanas de treinamento.
O Colégio Americano de Medicina Esportiva estabelece faixas de freqüência, volumes parciais e intensidades de treinamento que produzirão melhorias no condicionamento cardiorespiratório:
- Freqüência: 3 a 5 dias por semana.
- Duração: 20 a 60 minutos por sessão.
- Intensidade: entre 70% e 90% da F.C. máxima.
O volume e a freqüência dos exercícios aeróbios devem ser personalizados de acordo com o objetivo e peculiaridades do público alvo, visando tanto a melhoria e manutenção da saúde, quanto o aperfeiçoamento da forma atlética.
Este trabalho deve ser muito bem orientado para evitar lesões ou qualquer outro tipo de problema.

Hipertrofia Muscular

O crescimento do músculo como resposta às varias formas de exercícios é conhecido desde os tempos dos gregos. Fatores genéticos, nutricionais e hormonais ao lado da atividade física, influem na regulação da resposta do músculo. É a interação complexa desses fatores que determina o tamanho de um músculo. Isso significa que a atividade muscular sozinha significa muito pouco para o crescimento do músculo, sem oferecer às células os componentes nutricionais necessários para construir novas proteínas.
Os hormônios e a inervação das células também são vitais, mas sozinhos não são completamente adequados para manter ou aumentar a massa muscular.
Um bom exemplo do papel desempenhado pelo exercício na manutenção e desenvolvimento do tamanho muscular é quando um músculo inteiramente inervado em um ambiente nutricional completa e com hormônios suficientes, se atrofia quando imobilizado em um gesso.
Cada pessoa tem uma capacidade genética para aumentar o tamanho dos músculos, por isso cada uma tem um padrão muscular especifico. Para mudar em parte essa configuração muscular, deve ser treinar muito. Quando se para de treinar os músculos voltam ao seu estado original.
O tamanho muscular adquirido pelo exercício NÃO É PERMANENTE. Nas atividades normais do dia a dia, uma pessoa usa apenas uma pequena porcentagem de fibras musculares e uma maior inervação é uma pequena é exigida para movimentar a carga. A contração muscular, ou seja, o deslizamento das proteínas contrácteis (actina e miosina), por si só, serve como causa para que os núcleos das células musculares atraiam proteínas para cada fibra muscular envolvida no trabalho.
A configuração natural dos músculos que existem após a maturação normal (por volta dos 20 anos nos homens e 18 nas mulheres), é formada segundo os fisiologistas de Proteína Muscular Genética. A proteína absorvida na nova massa muscular, por um programa de Musculação, é chamada de Proteína Muscular Energética.
Mesmo que uma pessoa treine muitos anos, adquirindo bastante massa muscular, ela desaparece toda se essa pessoa abandonar o exercício. Quanto mais tempo se treina, mais tempo dura o processo.

Como funciona o Esteróide Anabólico

Os esteróides anabólicos são drogas. Em muitos casos as drogas alteram a permeabilidade de varias estruturas. Os esteróides alteram o receptor químico das células musculares. Quer dizer, os esteróides alteram (abrem) os locais dos receptores celulares e chegam até o núcleo. Nesse momento, há necessidade de bastantes calorias e proteínas no sistema, de forma que quando os ribossomos são comandados para sintetizar mais proteínas, a proteína proveniente da dieta esteja disponível. Os esteróides agirão somente se houver uma dieta adequada de proteínas e um estímulo físico adequado (treinamento). A contração muscular e a lesão celular são os sinais para o aumento do músculo extragenético com a musculação.
O esteróide anabólico interfere no processo químico pela abertura dos receptores da célula, estimulando-a a produzir mais crescimento por indução de proteínas, acima da quantia que seria induzido apenas pela musculação.
Por isso é possível obter mais músculos com a musculação e com os esteróides anabólicos do que com a musculação sozinha.
É um fato bastante conhecido que os esteróides anabólicos, por si só, sem contração, não fazem crescer músculo. Pelo contrário, sem o treinamento a proteína extracelular é armazenada como gordura. Quer dizer, se ganha peso, mas não peso muscular.
Ao se eliminar o esteróide do sistema, os receptores celulares não tem mais nada para entregar aos núcleos, os ribossomos não são mais comandados a suprir o músculo extragenético com proteína, por isso, ele se atrofia. O tecido muscular extragenético permanece apenas o tempo em que a fonte de estímulo está presente.
Contudo os esteróides anabólicos são drogas, e drogas tem efeitos colaterais. Com o aumento do processo de induzimento de proteína celular, o fígado deve desintoxicar o esteróide e outros resíduos do corpo. Essa desintoxicação é o mesmo que processar pequenas doses de veneno, de forma que depois de um certo tempo as células do fígado se tornam empenadas e porosas. As áreas vasculares de tecidos inflamados podem formar tumores de vasos sanguíneos que, se aumentados, podem danificar os nervos e vias biliares. Há ainda suspeitas de que outros esteróides podem induzir a hepatite e outros males em longo prazo.
Além do mais, ao mesmo tempo em que os esteróides anabólicos causam situações favoráveis para o aumento muscular, eles também diminuem ou suprimem os níveis naturais de testosterona.

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